Cronica e arte
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A TRADIÇÃO DO PRESÉPIO NO NATAL
Por Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto domínio público
Jaboticabal, 23 de dezembro de 2020
Corria o ano de 1223 é
véspera de Natal e Francisco
Bernardense, São Francisco, o
pobrezinho de Assis, tem a
ideia de fazer uma
representação teatral do
Nascimento de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Até então Natal
não era celebrado com uma
representação do nascimento do menino Jesus, como fez São
Francisco.
O local é Greccio na província de Rieti (80 km de Roma), em
uma Gruta no Mosteiro que ele o pobrezinho de Assis e os
franciscanos construíram, carregando cada pedra, cada telha
e cada viga de madeira,
necessário para a obra.
Na gruta próximo aos
mosteiro foi feito uma
manjedoura e um altar
para missa, com todas as
figuras que hoje
conhecemos em um
presépio tradicional, não
napolitano.
A representação teatral
contou com pastores,
ovelhas, as figuras dos
três reis magos, a figura
de Nossa Senhora, São
José, além de um boi e um
burro que na
representação de São
Francisco aqueciam com
sua respiração o menino Jesus.
A ideia do pobrezinho de Assis era evangelizar os católicos
daquela localidade mostrando para as pessoas como foi o
nascimento de Cristo
A ideia rapidamente se espalha na Itália de então e a partir
ano seguinte, vários presépios são montados no período
natalino. Um dos mais famosos é o presépio em estilo
napolitano.
Na cidade de Nápoles os franciscanos em 1340 fizeram um
presépio com estatuas de tamanho natural e imagens que
transmitiam uma profunda fé e religiosidade (como é natural
na ordem franciscana), mas foi em 1500 que o presépio em
Nápoles começou a se desenvolver e a se transformar.
Nesta época San Gaetano da Thiene (São Caetano de Thiene,
homenageado, com o nome em uma cidade em São Paulo,
São Caetano do Sul), incorpora na representação clássica do
presépio, que tinha o menino Jesus, Nossa Senhora, São
José, e a figura também de um asno e o boi, na manjedoura,
personagens do Povo.
Assim aparecem no
presente napolitano, como
espectadores da cena
personagens do povo
como sapateiros,
ferreiros, mulheres
napolitanas do século XVI,
com montanhas subidas,
descidas, vielas, escadas
e tendo, na planície a
tradicional gruta ao lado
de um Albergue que
segundo a tradição bíblica
não tinha lugar para acolher Maria no momento do parto
Neste presépio napolitano foram feitos em 1700 graças a
paixão que o rei Carlos de Bourbon tinha por artes manuais e
em particular, de como de gostava do presépio.
Houve mesmo uma certa competição para ver quem fazia
melhor presépio para agradar ao rei. Assim o presépio
napolitano ganha um feição particular e de cunho barroco,
forma artística daquele período.
De qualquer maneira o presépio ainda hoje, na forma
napolitana ou na forma tradicional, ajuda a evangelizar os
católicos, como desejava São Francisco de Assis, naquele
distante Natal de 1223, em Greccio Rieti
foto 1, representação do
presépío de S Francisco; fotos 2
e 3 mosteiro de Greccio; foto 4
presepio napolitano